2º dia da Semana de Jornalismo da UFC (Sejor)

   Nesta terça-feira (05), a partir das 14h, ocorreu o segundo dia de oficinas da VI Semana de Jornalismo da UFC (Sejor), realizada pelo Programa de Educação Tutorial (PETCom).

   Antonello Veneri ministrou a oficina “Ar e olhar: propostas para documentar o outro na fotografia de rua.” Com um olhar fotográfico voltado para os moradores de rua e para os diferentes aspectos que compõem o cenário brasileiro, Antonello trabalha em um projeto intitulado por “Vidas extra-ordinárias”, captando esses contrastes sociais existentes no nosso país, por meio de narrativas e imagens.

   Nessa oficina, foram discutidos assuntos como a imagem do fotografado e sua publicação em redes sociais, afirmando que é importante pedir permissão para fotografar qualquer tipo de pessoa. “Eles não têm mais nada além da imagem, e nós não temos o direito de roubá-la”, enfatizou Antonello.

   Outra questão levantada acerca do assunto foi a forma de lidar com o trabalho fotojornalístico. Antonello explica que a arte de fotografar requer tempo; deve-se saber escutar e escolher as pessoas, o que aumenta a autoestima de quem será retratado. Para ele “as pessoas que são fotografadas presenteiam o fotógrafo, cria um respeito e isso deve ser uma troca”.

   Já a oficina de “Pauta e roteiro: como uma notícia pode virar filme” foi ministrada por Rafael de Jesus, graduando de Cinema e Audiovisual pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Durante a oficina, foi levantada a questão de como a narrativa jornalística está ligada à roteiros de filmes. Rafael afirmou que o fazer jornalístico, principalmente o televisivo, necessita de uma dramaturgia propriamente dita, é preciso se apropriar de elementos do cinema para, por exemplo, fazer uma grande reportagem. Foi ressaltada também a importância da ficcionalidade presente em filmes e em reportagens, “a trama quer elementos que possam envolver quem assiste... a questão de ficcionalizar para dramatizar torna a trama mais envolvente”.

 

   Para ele, o roteirista ou quem faz a pauta jornalística deve saber potencializar as imagens, para dessa forma tornar aquele produto mais vendável. “Por mais que um texto tente ser objetivo, ele será escrito por um ser subjetivo. O roteirista é um contador de histórias e assim, ela se torna mais atrativa, mais instigante.”

Foto: Sarah Carvalho