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Nilson Vargas trata sobre o novo jornalismo no segundo dia do Seminário Internacional Pensar e Fazer Jornalismo

Nilson Vargas focou no jornalismo na internet, dando o exemplo de sua parceira de redação, Juliana Bublitz, que produziu vídeos rápidos e didáticos, com ajuda de infográficos, para a internet de forma a complementar o conteúdo dos textos, tratando, assim, de uma convergência. Para ele, as pessoas que estão decidindo o que acessar, a partir disso, cria-se a necessidade de adaptar o jornalismo para essa nova mídia e adaptar, principalmente o jornalismo impresso.

"O jornalismo impresso tem um longo tempo de vida, ainda. Ele, como mídia, tem que tá fazendo ajustes de pauta, não tá mais tão preocupado em concorrer com a internet com a tv fechada, com outras mídias no factual tá indo mais pra tentar interpretar [...]. É uma transformação como já aconteceu várias outras na história, surgiu a tv, surgiu o rádio", afirma Vargas. Para ele, a configuração do jornal impresso ruiu, tendo que, agora, mudar seu formato, seus cadernos, além disso, o jornal dá credibilidade para as notícias do mesmo veículo em outras plataformas. O perfil dos profissionais também mudou, "[eles] são cada vez mais ecléticos, não são exclusivos do papel, tem que interagir a atuar em outras mídias também", continua o jornalista.

No entanto, algumas técnicas não mudaram com o novo jornalismo, como a apuração e a busca pelo conhecimento, "mesmo no ambiente digital, cada vez mais existe espaço de reportagens mais aprofundadas,  que eu navego da reportagem, no mesmo momento eu posso assistir, eu posso ouvir, ler, posso absorver informação por infografia, então isso é profundidade, isso é profundidade que eu encontro na internet também".